Daniel Felipe dos Santos da Cruz, de 34 anos, agiu sozinho, segundo a polícia
Fonte por Gustavo Goulart para Jornal O Globo
Preso na noite de quinta-feira por policiais da 19ª DP (Tijuca), Daniel Felipe dos Santos da Cruz, de 34 anos, agiu sozinho ao incendiar 11 veículos, sendo dois deles parcialmente, em ruas da Tijuca, na Zona Norte, entre a noite de 18 de julho e a madrugada do dia 19. Por meio da análise de imagens de câmeras de segurança de prédios, os investigadores descobriram que Daniel tentou, mas não conseguiu, atear fogo no Nissan Livina KVT-8520 na Rua Enes de Souza, subindo de dez para 11 o número de veículos atacados.
A prisão de Daniel, que mora no Morro do Borel, aconteceu durante ação coordenada pelos delegados Celso Ribeiro e Marcos Motta. Eles descobriram que ele tinha um mandado de prisão em aberto pelo crime de extorsão em razão de uma ameaça e cobrança de dinheiro de um dono de carro que estacionou numa rua do bairro. Daniel não confessou ter sido o autor dos incêndios, o que a polícia confirma através do reconhecimento feito por uma testemunha e pelas imagens de câmeras, mas ele foi preso em cumprimento ao mandado de prisão por extorsão. Mas o delegado Celso Ribeiro já pediu à justiça a prisão preventiva dele.
– Analisamos mais de 50 imagens de câmeras de segurança da área da Tijuca. E, além de identificar o autor, refizemos o caminho feito por ele. O roteiro e a sequência usados por ele não guardam a menor lógica – contou o delegado Celso Ribeiro.
O roteiro seguido pelo acusado começa na Rua Jaguaratuba, onde dois carros foram queimados, passa para a Rua Dezoito de Outubro, onde outros quatro veículos foram incendiados; segue para a Rua Mário Alencar com a queima de outros dois veículos; vai para a Rua João Alfredo, onde um carro foi incendiado; retorna para a região da Dezoito de Outubro onde ele tentou incendiar uma Doblò na Rua Engenheiro Cavalcanti; e termina na Rua Enes de Souza, local onde tentou, mas não consegui, incendiar uma Livina.
– A principal base para a prisão de Daniel Felipe foi o reconhecimento feito por uma testemunha que o viu tentando atear fogo a um Livina na Enes de Souza, crime que só foi descoberto durante as investigações pelo fato de o proprietário não ter registrado queixa na delegacia. A testemunha o reconheceu no momento em que o viu – disse.
Também foi ouvida testemunha presencial do crime que, de forma inequívoca, o reconheceu, ficando comprovada a autoria do crime.
Com base nas provas colhidas, o Delegado representou pela prisão preventiva de Daniel e vai encaminhar o inquérito policial com relatório final para a Justiça.
