Paralisação é um ato dos funcionários; pacientes não serão prejudicados. Unidade em Vila Isabel espera pelo repasse de mais de R$ 3 milhões.

Fonte por Jornal O Globo

O Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, enfrenta mais um capítulo da crise financeira. Como mostrou o Bom Dia Rio nesta segunda-feira (20), todas as marcações de cirurgias foram suspensas. O hospital ainda espera pelo repasse de mais de R$ 3 milhões do governo do estado. O diretor da unidade afirmou que a falta deste dinheiro coloca o funcionamento do hospital em risco.

“Os avanços que nós conseguimos até abril se mantém no momento. Estamos atendendo hoje 300 pacientes internados, em janeiro era 170 e os equipamentos estão arrumados. Mas temos duas ameaças: realmente o repasse parcial de recursos, por mais que a gente entenda que houve sensibilidade do governo em mostrar que o hospital é importante pra ele e no mês que ele não conseguiu nem pagar o salário do funcionalismo ele fez um repasse parcial para o hospital, mas o que não foi pago coloca o hospital em algum risco. Os funcionários receberam metade do salário, então a gente começa a enfrentar o problema de que vários funcionários poderão não ter recursos para trabalhar o mês inteiro”, contou Edmar Santos, diretor do Hospital Universitário Pedro Ernesto.

Edmar Santos afirmou ainda que estão fazendo um plano de contingência para caso o salário dos funcionários não seja pago integralmente. “Isso com certeza implicará na redução do tamanho do hospital e do serviço ofertado à população”, afirmou o diretor da unidade.

Sobre as cirurgias, o diretor da unidade afirmou que haverá uma paralisação pontual nesta segunda-feira como um movimento dos funcionários. “A partir de amanhã [terça-feira] a gente retoma as cirurgias normalmente e nenhum paciente foi prejudicado hoje, porque eles nos avisaram com antecedência”.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Pablo Vasquez, também afirmou que essa situação prejudica muito os atendimentos na unidade. “Fica em risco a manutenção dos serviços de eletricidade, predial e com atraso dos salários, muitos funcionários não conseguirão comparecer ao hospital. Com isso o volume do atendimento terá que ser contingenciado”, relatou Vasquez.

 

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