Reforço no patrulhamento das 7h às 17h causa insegurança à noite, dizem. Das 40 duplas de agentes nas ruas, só 27 têm celulares à disposição.

Fonte: RJTV – O Globo

A primeira Companhia Integrada de Polícia de Proximidade completa um mês nesta terça-feira (24). Ela recebeu o apelido de “UPP do asfalto” e ajudou a melhorar a sensação de segurança dos moradores do Grajaú, Andaraí e Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Mas nem todas as promessas feitas durante a inauguração foram cumpridas, como mostrou o RJTV.

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O desafio dos policiais é serem cada vez mais próximos dos moradores e comerciantes da região. Na época da inauguração, foi anunciado que cada dupla de policiais teria um celular à disposição. Os PMs distribuiriam cartões de visita aos moradores, para facilitar o contato em caso de emergência. Mas das 40 duplas que atuam nas ruas, apenas 27 contam com os telefones. O comando da PM prometeu que brevemente todas terão o aparelho.

O policiamento a pé é feito entre 7h e 17h. O novo patrulhamento foi bem recebido pela população. Mas a sensação de insegurança aumenta quando anoitece. De acordo com os moradores e comerciantes, o policiamento noturno ainda é insuficiente.

“Eu acho que eles deveriam rever este rodízio à noite para melhorar mais“, afirmou a comerciante Aparecida Oliveira.

O também comerciante Bruno Aguiar faz um balanço positivo do projeto, mas acredita que ainda há muito a melhorar. “Até o mês passado, os assaltos no comércio eram diários. Deu uma diminuída, mas tem muito pivete na rua. O perigo continua”.

Por outro lado, o policiamento dá uma maior sensação de segurança para quem circula na região em horários diurnos. A aposentada Lireda Egger, que vive na Suíça, conta que todos os anos visita sua irmã, Célia Monteiro, que vive no Grajaú há mais de 40 anos. Desta vez, ela afirma que sentiu a diferença no policiamento ao caminhar pelas ruas. “Foi uma novidade encontrar estes policiais nas ruas. Dá mais segurança”, afirmou Lireda.

Foi uma novidade encontrar estes policiais nas ruas. Dá mais segurança.
Lireda Egger 

 

Célia confirma a sensação maior de segurança: “A gente vê os soldados caminhando em dupla. Antigamente, a gente não via nada”.

O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, na Tijuca, afirma que o primeiro mês faz parte de um longo trabalho. “A gente vai avaliar os resultados mensalmente e verificar a necessidade de fazer estes ajustes operacionais. A população, de uma forma geral, está confiante e tem colaborado em algumas ocasiões, passando informações para os policiais e a gente entende que está no caminho desejado”. 

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