Morre no Rio aos 100 anos, Dona Moreninha, a florista da Praça Saens Pena. Desde 1965 na Praça Saens Peña, ela fazia flores artesanais.

Fonte: G1

A Praça Saens Peña, na Tijuca, Zona Norte do Rio, perdeu a presença carinhosa de Dona Moreninha, que desde 1967 fabricava em seu quiosque flores artesanais com as quais presenteava os moradores. Dona Moreninha morreu nesta quinta-feira (9), aos 100 anos, completados no dia 23 de setembro de 2014. A despedida foi na sexta-feira (10), no Cemitério do Catumbi, às 10h. O velório foi na capela G.

 

Hoje a Tijuca dá adeus à sua mais bela flor…Morre Dona Moreninha. Que aos 100 anos encantava a todos com suas flores na Praça Saens Pena. 23/09/1914 – 09/04/2015

Postado por Na Tijuca Quinta, 9 de abril de 2015

 

O apelido, Moreninha, acompanhava Maria Reis Melo desde o berço. Amava as flores desde criança. E mesmo aos 100 anos, Dona Moreninha encantava quem passa pela Praça Saens Peña, com generosidade e a sabedoria de quem soube. Mais que um ponto de vendas de flores artesanais, o quiosque faz parte da história do bairro. A história foi contada no RJTV em novembro de 2013, na série “Os cariocas”, que mostrou pessoas com disposição para dedicar seu tempo ao próximo e fazer do Rio uma cidade melhor, sejam nascidos ou não na cidade.

A minha paixão é trabalhar com flores. Eu sempre agradei dando flores às pessoas.
Dona Moreninha 

 

“Nunca enjoei. Cada vez que fazia, mais amava fazer flores artesanais”, contou ela na ocasião.

O amor pelo trabalho é tanto, que para ela não há um tipo de flor preferida. Além de ainda fabricar flores artesanais, ela distribui suas obras, tornando mais florido o dia de quem passa pela calçada, em frente a seu local de trabalho.

Desde 1965, a família está no mesmo local e se criou ao redor das flores. Durante esse tempo, a praça pasou por diversas transformações, o bonde que passava, não passa mais e, vários cinemas e lojas abriram e fecharam as portas. Casas vieram abaixo e deram lugares a shoppings e prédios na redondeza. Mas, Dona Moreninha sempre se manteve no mesmo cantinho dela.

“A gente tenta manter a família unida em prol deste artesanato, que nos faz bem à alma. A gente para os tijucanos é um exemplo de harmonia familiar”, disse Alzir, filha de Dona Moreninha, na época.

 

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