ACIT, Prix e Prefeitura do Rio: juntos por uma sociedade mais igualitária.

Fonte por Redação NaTijuca /  Felipe Martins – Revista Forum

Imagine você, homem ou mulher cisgênero ( pessoa cujo gênero é o mesmo que o designado em seu nascimento), diante da seguinte situação: depois de passar por um longo processo seletivo para trabalhar em uma empresa, o analista de recursos humanos te diz que o seu é o melhor currículo entre todos os candidatos participantes, mas que não irá contratá-la porque não gostou do seu nariz. Sim, é um absurdo. Mas acontece coisa parecida (muito pior) com um grupo marginalizado de brasileiros.

Travestis, mulheres e homens transexuais passam por humilhações no mercado de trabalho tão e somente por serem quem são. Embora iniciativas do poder público e da esfera privada estejam tentando mudar esse cenário, ainda é enorme o preconceito contra este segmento da população que, pela falta de opções, acaba empurrado para o mercado informal de trabalho e a prostituição.

A Tijuca tomando iniciativa

De forma a encarar essa realidade em busca de alternativas, a ACIT, Associação Comercial e Industrial da Tijuca, representada por seu presidente Jaime Miranda, se reuniu com a CEDS, Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, representada por seu Coordenador Nélio Georgino da Silva, com a Superintendência da Grande Tijuca e a Direção do Supermercado Prix.

Nesse encontro, que aconteceu na Sede da CEDS, no Palácio da Cidade em Botafogo, foram discutidas todas as dificuldades relacionadas à empregabilidade de pessoas trans, trazendo à tona alternativas e possibilidades para promover a inserção destes no mercado de trabalho através da quebra paradigmas, preconceitos e resistências.

Algumas metas foram traçadas, como promover uma maior número de encontros entre a ACIT, a CEDS e os empresários da região em busca de novos caminhos para aumentar a inserção no mercado de pessoas trans, além de alternativas para que o mercado possa absorver mais pessoas trans em todos os segmentos.

Futuramente a ACIT irá promover um encontro da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS) com o empresariado local e a comunidade como um todo, para ser dado a correta visibilidade sobre o assunto, promovendo uma maior conscientização da importância da empregabilidade tanto para as pessoas trans como para a própria empresa empregadora. Afinal, esta empresa estará dando um passo em busca de uma sociedade mais igualitária, desprovida de preconceitos, uma excelente forma de se apresentar à comunidade.

O Supermercado Prix, que apoia esta causa, já está dando andamento ao seu processo de admissão de pessoas trans, onde o seu RH com o apoio do Marketing, pretende expandir esse processo à todas as unidades. A ACIT, cada vez mais integrada à este movimento, pretende levar esta proposta aos demais comerciantes, independente do seu tamanho no comércio da Grande Tijuca.

Jaime Miranda, presidente da ACIT, afirma: — Por sermos a Associação Comercial e Industrial da Tijuca, precisamos estar preparados para orientar nossos associados para atender seu público, aumentar a sua produtividade assim como suas vendas. O público LGBT é um público diferenciado. Ele consome, em média, 3 vezes mais que o público hétero. Ele normalmente é um público culto e informado, e isso se dá principalmente devido a todo preconceito que sofre ao longo da vida. Para se ter destaque tanto no setor público como privado, é necessário muito mais conhecimento e ser muitas vezes mais competente que um hetero, por toda a carga de preconceito sofrida ao longo da vida.

E continua: — O comércio tijucano precisa entender que o público LGBT é um público consumidor. Além disso, é um público que quer se ver representado nos locais onde ele frequenta. Devemos gerar oportunidades de emprego, combater o preconceito e estamos aqui para dar o apoio aos empresários esclarecendo as suas dúvidas de forma a promover um ambiente de trabalho produtivo e totalmente livre de preconceitos.

E a violência não pode ser esquecida

Na Prefeitura, o Coordenador Especial da Diversidade Sexual, Nélio Georgini, criou um sistema via WhatsApp para que, quando houver denúncia de violência contra transexuais, o Superintendente Municipal da área seja avisado e possa acompanhar a polícia até a vítima. Hoje, sua assessora é uma mulher trans, Beatriz Cordeiro: — A transexual assume a vulnerabilidade da mulher, mas com o preconceito em dobro.

Serviço

É um empresário da Região da Grande Tijuca e deseja mais informações sobre o assunto? Procure a ACIT:

ACIT Rio
Endereço: Rua General Roca nº 524, casa 8
Tijuca, Rio de Janeiro, RJ
Telefone: 2569-2685
Site: https://www.acit.site/

 

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